Não é possível sintetizar todo o pensamento de Bulmann em uma única palavra. No capítulo anterior, apresentamos uma parte muito importante da influência atual de Bultmann. Apesar disso, a teologia da desmitologização é sem dúvida uma parte importantíssima da teologia contemporânea e merece destaque entre as idéias que Bultmann ajudou a preconizar, além de ser ainda hoje a parte de sua formulação teológica mais controversa.
O que será que há de tão controverso e ao mesmo tempo tão atraente nesse conceito de Bultmann, a ponto de instigar consideravelmente os teólogos dos Estados Unidos, Europa e da Ásia, e continuar exercendo influência no pensamento teológico contemporâneo ocidental? É isso que estaremos analisando neste capítulo.
O programa de desmitologização.
No centro do programa de desmitologização de Bultmann consta na afirmação de que no Novo Testamento encontram-se duas coisas:
- O Evangelho cristão, por um lado.
- A cosmogonia do século primeiro, de índole mitológica, de outro lado.
Sendo assim, o teólogo contemporâneo precisa separar o kerigma (transliteração da palavra grega que significa “conteúdo da pregação”), de sua envoltura mitológica. O kerigma seria a entranha irredutível na qual o homem moderno deve crer.
A idéia de mito, para Bultmann, tem sua origem no pensamento pré-científico do século primeiro. O propósito do mito seria expressar a maneira como o homem vê a si mesmo, e não apresentar um quadro objetivo e histórico do mundo. O mito emprega imagens e termos tomados deste mundo para transmitir convicções acerca do enfoque que o homem tem de si mesmo. No século primeiro, o judeu entendia o seu mundo como um sistema aberto a Deus e aos poderes sobrenaturais. Nessa era pré-científica, acreditava-se que o universo tinha três níveis, com o céu acima, a terra no centro e o inferno debaixo da terra. Bultmann insiste que essa é a visão de mundo encontrada na Bíblia.
Esta inserção mítica, segundo Bultmann, também foi utilizada para transformar Jesus. A pessoa histórica de Jesus, segundo esse professor, se converteu rapidamente em um mito do cristianismo primitivo, e é por isso que Bultmann argumenta que o conhecimento histórico de Jesus não tem valor para a fé cristã primitiva, pois o quadro apresentado pelo Novo Testamento é de índole essencialmente mítica. Os fatos históricos acerca de Jesus se transformaram em uma história mítica de um ser divino e preexistente que se encarnou e expiou com seu sangue os pecados de todos os homens, ressuscitando também dentre os mortos e subindo ao céu e, segundo se cria, regressaria rapidamente para julgar o mundo e iniciar uma nova era. Esta história também foi embelecida com histórias milagrosas, vozes celestes e triunfos sobre demônios. Bultmann afirma que toda essa apresentação que o Novo Testamento faz de Jesus não passa de mito., isto é, do reflexo do pensamento pré-científico das pessoas do século primeiro, que criaram esses mitos para entenderem melhor a si mesmos. Esses mitos, segundo ele, não tem nenhuma validade para o homem do século vinte, que acredita em hospitais, e não em milagres; em penicilina, e não em orações. Para transmitir com eficácia o evangelho ao homem moderno, devemos despojar o Novo Testamento dos mitos e encontra o Evangelho por trás dos Evangelhos. É este processo de descobrimento que Bultmann chama de desmitologização.
O processo de desmitologização, segundo o próprio Bultmann, não significa negar a mitologia, e sim interpretá-la existencialmente, em função da compreensão que o homem tem de sua própria existência. Bultmann busca fazer essa interpretação existencialista dos mitos utilizando conceitos do filósofo existencialista alemão Martin Heidegger (1889). Assim, ele afirma que o suposto nascimento virginal de Cristo é uma tentativa humana de expressar o significado de Jesus para a fé. A cruz de Cristo também perde seu significado expiatório. Cristo na cruz não está fazendo nenhuma substituição vicária: ela tem significado apenas como símbolo de que o homem assumiu uma nova existência, renunciando toda a segurança material por uma vida que se vive apoiado no transcendente.
Características básicas da mitologia do Novo Testamento.
Em ultima análise, Bultmann diz que as características básicas da mitologia do Novo Testamento se concentram em duas categorias de autocompreensão: a vida fora da fé e a vida de fé.
A vida fora da fé.
Nesse sentido, os termos conhecidos como pecado, carne, temor e morte são apenas explicações míticas da vida fora da fé. Em termos existenciais, pode-se dizer que significam uma vida escrava das realidades tangíveis, visíveis e que perecem.
A vida de fé.
A vida de fé, por outro lado, consiste em abandonar completamente esta adesão às realidades tangíveis. Significa ainda a libertação do próprio passado e a abertura para o futuro de Deus. Para Bultmann, essa abertura ao futuro de Deus é o único significado real da escatologia. A implicação desse pensamento é que o viver escatológico genuíno é viver em constante renovação através da decisão de obedecer.
Objeções à doutrina de Bultmann.
A teologia de Bultmann é anti-cristã e herética, e o nosso juízo sobre ela deve ser negativo por vários aspectos:
Primeiro, a desmitologização, assim como a neo-ortodoxia, tem grande dívida com a filosofia existencialista, que está em desacordo com o Novo Testamento. No existencialismo, assim como na neo-ortodoxia e na teologia da desmitologização, o enfoque central é o próprio homem, quando na Bíblia o enfoque é Deus. Sob influência do existencialismo, Bultmann coloca o homem no centro das atenções, cometendo uma injustiça e porque não dizer, sendo desonesto para com o caráter teocêntrico do Novo Testamento. O verdadeiro propósito do Novo Testamento é proclamar que o Deus soberano veio ao mundo na pessoa de Jesus para restaurar a natureza humana e resgatar a humanidade. O coração do Novo testamento continua sendo Deus, e não o Homem.
A desmitologização destrói a objetividade do NovoTestamento, portanto, é anti-cristã. Ela converte a Bíblia em uma religiosidade baseada no irreal e pré-científico. A religião cristã se transforma em um aglomerado de mitos e a historicidade dos eventos milagrosos é logo descartada. Herman Riddebos nota que, segundo Bultmann, Jesus “não foi concebido pelo Espírito Santo, nem nasceu da virgem Maria. Sofreu sob Pôncio Pilatos e foi crucificado, mas não desceu ao hades, não ressuscitou dos mortos e nem subiu aos céus. Também não está assentado à direita de Deus Pai e não voltará para julgar os vivos e os mortos”. Segundo Bultmann, ressurreição, inferno e nascimento virginal são palavras desprovidas de significado real, não sendo literais. São dogmas mitológicos e não expressam nenhuma realidade objetiva. O mesmo ocorre com a trindade, com a expiação vicária e com a obra do Espírito Santo.
O cristianismo primitivo está marcado pelo impacto da pessoa e da obra de Cristo. Não existe outra justificativa capaz de explicar o nascimento da igreja e da sua teologia, porém Bultmann reduz sua influência à zero. Ele preconceituosamente assume uma postura anti-sobrenaturalista e presume, com base em seus conceitos tendenciosos e sem nenhuma evidência plausível, que todos os relatos confiáveis acerca de Jesus ficaram suprimidos ou destruídos no breve período que transcorreu entre sua vida terrenal e o início da pregação evangélica. Seu ceticismo é insustentável. Será que 50 dias é tempo suficiente para que os discípulos viessem a esquecer tudo o que ouviram e viram?
Não foi só Heidgger que influenciou a teologia de Bultmann. As idéias de David Hume, o cético escocês, haviam influenciado o mundo e seu legado se estendia à época de Bultmann. É injustificável a negação de Bultamann dos relatos sobrenaturais e a classificação arbitrária desses relatos como sendo essencialmente mitológicos. Também podemos perceber várias pressuposições do liberalismo clássico na obra de Bultmann, razão pela qual tanto o seu método crítico como sua teologia da desmitologização ganharam o apelido de neo-liberalismo. Bultmann é totalmente incoerente ao basear suas idéias nas Escrituras, pois o que ele chama de mito, a Bíblia chama fato. Seu antropocentrismo pode estar bem de acordo com a filosofia existencialista, mas é totalmente oposto ao caráter teocêntrico do Novo Testamento.
O desvendamento das Escrituras pela desmitologização é herético. Ao contrário do que Bultmann pretende, não é a desmitologização que desvendará de modo compreensível as Escrituras para o homem moderno, e sim o Espírito Santo. Somente ele, segundo a Bíblia, é que pode dissipar as trevas da incredulidade levando o pecador a ver o Evangelho.
Com seu método interpretativo, Bultmann nos desafia a compreender o homem moderno, quando pregamos a ele. Esse enfoque é digno e necessário, mas não é “desmitologizando” o Evangelho e interpretando-o existencialmente que nós solucionaremos os problemas da humanidade. Ao apresentar a mensagem cristã ao homem moderno, devemos ter em mente que por mais moderno que ele seja, ele ainda é homem natural, e portanto “não pode compreender as coisas que são do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura” (1 Coríntios 2.14). Creio que esse versículo, mais que qualquer outro, pode ser aplicado ao método interpretativo de Rudolf Bultmann.
Rudolf Bultmann (1884-1976) e a Demitologização da Nova Hermenêutica
O Criticismo da Forma afirma que os Evangelhos não nos dão conhecimento substancial do caráter e personalidade de Jesus, porque não nos dão conhecimento substancial do caráter e personalidade de Jesus, porque não foram escritos com interesses biográfico e histórico, mas no interesse da fé cristã, Bultmann vai além. Exclui o interesse na personalidade de Jesus porque as fontes do Cristianismo primitivo são fragmentárias e lendárias e, outras fontes não temos.
Rudolf Bultmann (1884-1976) foi exegeta e teólogo luterano alemão. Ele era mais um estudioso do Novo Testamento do que um teólogo sistemático.Estudou em Tübingen, Berlim e Marburg. Foi professor em Marburg (1921-1951) até se aposentar. Principal representante do criticismo da forma.Fez uso da filosofia de Martin Heidegger para interpretar o Novo Testamento.Dentre suasprincipais obras estão: Teologia do Novo Testamento, Crer e Compreender, O Evangelho de João, Jesus Cristo e Mitologia.
Inicialmente tido como teólogo da dialética, rapidamente foi separado de Barth e seus seguidores, porém o seu propósito era ser um aliado de Barth no combate ao liberalismo. Partindo da crítica do Novo Testamento lançou-se à teologia. Fiel seguidor de Heidegger, desejou chegar à uma interpretação existencialista do Novo Testamento. Já neste ponto evidencia seu distanciamento de Barth, que sustentava que a teologia deveria ser independente da filosofia.
O programa de Bultmann contrasta flagrantemente com o da teologia liberal com suas tentativas de criar um retrato do Jesus histórico. Em outros aspectos, no entanto, Bultmann aproxima-se mais da tradição liberal. Isto se dá, por exemplo, com respeito a seu emprego do conceito de mito que, realmente, permanece obscuro em sua argumentação. Esta falta de clareza influiu no debate sobre a desmistificação. À luz da erudição moderna, “mito” indica algo que é inaceitável, e não deixa de causar estranheza que se queira usar isto como base plausível para se determinar o que significa uma interpretação adequada dos textos bíblicos.
O método de interpretação histórico-crítico predominou durante o século 19, fazendo distinção entre o Jesus histórico e o Cristo da fé, tomando por normativo de que o Jesus histórico era a personalidade paradigmática a ser reconstruída para a teologia.
Bultmann aplica extremamente a técnica da “crítica da forma” nos estudo dos evangelhos. Como estudioso do Novo Testamento, Bultmann chegou, em grande parte, a conclusões negativos sobre o que podia se saber sobre o Jesus Histórico. Ele afirmava que o conteúdo dos evangelhos apresentava um Jesus que já havia sido encoberto pelas formas de pensamento do contexto helenista em que os livros tinham sido escritos. Na verdade, o Novo Testamento não se preocupa, de fato, com o Jesus da História. Ele se concentra no Cristo da fé.
A fé não surge a partir dos resultados da pesquisa histórica. A questão principal da fé não é a capacidade de se adquirir conhecimento sobre o Jesus histórico, mas sim um confronto pessoal com Cristo no presente. Como resultado disso, o Jesus histórico tem pouca relevância para a fé. A fé não é o conhecimento de fatos históricos, mas a resposta pessoal ao Cristo com o qual nos deparamos na mensagem do evangelho, a proclamação do agir de Deus em Jesus.
Bultmann cria que, para interpretar existencialmente o Novo Testamento, seria necessário “desmitologizá-lo”:
A desmitologização consiste em eliminar os termos e a concepção mitológica segundo a qual foi escrito o Novo Testamento, posto que nega que a mensagem da Escritura e da Igreja esteja ineludivelmente vinculada a uma visão do mundo antiga e obsoleta, que para os dias de hoje, em nossa cultura científica, é simplesmente ininteligível.
O Novo Testamento teria sido escrito a partir de um ponto de vista mitológico e seria necessário distinguir entre o puramente mítico e o que faz parte do khrugmada igreja primitiva. Este seria o processo de desmitologização. A eliminação dos termos e concepção mitológica, não significa a eliminação do mito em si, pois senão o kerygma também seria eliminado, mas deve ser feita uma reinterpretação para adaptar a mensagem ao homem moderno.
Para chegar à demitologização deve-se partir do conceito de um Deus existente. Toda ação de tentar fazer de Deus “um objeto” mensurável é um mito. O kerugma, a mensagem da morte de Cristo e de seu triunfo sobre a morte, oferece a possibilidade de alterar a existência do homem; isto acontece na decisão da fé, que é a resposta do homem ao apelo do Kerugma. O alvo proposto é dar ao homem uma nova compreensão de si mesmo. O kerugma da igreja primitiva era diferente do kerugma dos evangelhos. Era mais elaborado.
A concepção do universo do Novo Testamento é mítica. O universo é considerado como dividido em três andares. No meio se encontra a terra, sobre ela o céu, abaixo dela o mundo inferior, cada um destes andares conta com seus respectivos habitantes. Toda a concepção neotestamentária do universo é linguagem mitológica.
Estas concepções para o homem moderno seriam inadmissíveis. Os milagres são inaceitáveis. A morte como castigo como pecado é inconcebível na modernidade. A doutrina de que pela morte de um homem, outros alcançam o perdão, se opõe ao sentido moral. A ressurreição física de Jesus é inaceitável.
Bultmann afirma que a filosofia existencialista provê o instrumento necessário para reinterpretar a mitologia do Novo Testamento. O existencialismo não anda em busca de “verdades eternas”, mas busca a verdade de acordo com sua encarnação no concreto, no histórico, na existência. Para Bultmann a desmitologização é um método hermenêutico. Ele afirma que não pretendia esgotar o trabalho de demitologização do Novo Testamento, pois isto era trabalho para toda uma geração de teólogos.
Bultmann não sugere que o mitológico seja eliminado, mas antes que seja interpretado de acordo com sua finalidade original. Quando isto acontece, o elemento mítico cairá por si mesmo.
A tarefa de demitologizar deve incluir três aspectos: a vida do homem sem fé (viver segundo a carne ou segundo as coisas deste mundo), a vida da fé e o acontecimento que permite passar de um para o outro, isto é, Jesus Cristo. Cristo teria sido apresentado em termos mitológicos no Novo Testamento: preexistência, nascimento virginal, milagres, cumprimento de profecias, ressurreição, ascensão são provas de mitologia.
Em seu livro sobre Jesus Cristo e mitologia, Bultmann afirma que “do mesmo modo que em Paulo, também em João, podemos observar a demitologização em um caso particular. Vemos que, nas esperanças escatológicas judaicas, a figura do Anti-Cristo tal como nos é descrita, por exemplo, na segunda epístola aos Tessalonicenses, constitui uma figura inteiramente mitológica. Em João, não obstante, os falsos mestres desempenham o papel desta figura mitológica. A mitologia tem sido transposta à história. A meu ver, estes exemplos nos demonstram que a demitologização já se iniciou no Novo Testamento e que, por conseguinte, nossa atual tarefa demitologizadora se encontra plenamente justificada”.
Cerra fileiras com Feuerbach quando este afirma que “o fenômeno do milagre impõe-se na experiência humana a partir do desejo finalizado de modo instantâneo, do ânimo sobrenatural e da imaginação fantasiosa. Em primeiro lugar, milagre é um desejo sobrenatural realizado porque possibilidade a realização do impossível. A essência da fé associa-se ao que o homem deseja e o desejo é um sintoma de que ele vive privado de objetos que lhe proporcionam o prazer que seu corpo necessita para suprir as necessidades comuns de sobrevivência. Assim, se ele deseja a imortalidade, logo torna-se pela fé imortal; se ele deseja que exista um ser que é capaz de tudo o que é impossível à Natureza e à Razão, logo, um tal ser existe; se deseja a criação de um mundo que corresponda aos desejos do ânimo, sem doenças, sem morte nem sofrimento, um mundo da subjetividade ilimitada, isto é, da imaginação humana, este mundo concretiza-se no milagre”.
Bultmann distingue Wunder de Mirakel. Para ele, o primeiro é a autêntica ação de Deus, mas o segundo é a ação de Deus mitologizada. “O resultado do ulterior desenvolvimento cultural é, com certeza, que mais e mais eventos, que no início se apresentavam como sobrenaturais, sejam entendidos sob a noção de natureza”. “A idéia de Mirakel tornou-se insustentável e deve ser anulada”. “Na Bíblia, os eventos são narrados como devendo ser denominados de Mirakel”.
A tentativa de Bultmann foi a tarefa de proclamação da mensagem cristã ao homem moderno. Assim como qualquer teólogo, Bultmann sabe e não esconde sua ciência do fato, ao afirmar que “é evidente que cada intérprete vá carregado com certas concepções, sejam idealistas ou psicológicas, que se convertem em pressuposições de sua exegese”.
Para a escola bultmaniana, os evangelhos não são biografias, mas testemunhos de fé, não são devidos a uma pessoa, mas compilações.
OBS: O surgimento da filosofia existencialista é uma reação à percepção da existência. Nós não somente existimos: também compreendemos a dimensão disso, temos consciência de que existimos e de que um dia nossa existência terminará com a morte. O simples fato de existir é importante para nós e achamos difícil, senão impossível, assumir uma postura desinteressada em relação a isso. O existencialismo é basicamente um protesto contra a visão de que os seres humanos sejam “coisas”, e uma exigência no sentido de passar a encarar com seriedade a existência pessoal do indivíduo. O termo “existencialismo” pode trazer em si dois sentidos. Em seu sentido mais elementar, significa uma postura em relação à vida humana que põe ênfase particular sobre a dimensão da experiência imediata, a experiência da vida real dos indivíduos. Em sentido mais profundo, o termo está ligado a um movimento que provavelmente alcançou seu ápice entre 1938-1968, cujas origens se encontram, sobretudo em Kierkegaard (1813-1855). Em termos de história da teologia moderna, a contribuição mais importante para o avanço do existencialismo se deve a Martin Heidegger (1888-1976), em especial à sua obra Being and time (“O Ser e o tempo”, 1927). Essa obra forneceu a Bultmann as idéias e o vocabulário básico de que ele precisava para criar uma narrativa existencialista cristã a respeito da existência humana, e a forma como ela é iluminada e transformada pelo evangelho. Cf. em McGRATH, Alister E. Op. Cit, p. 233.
Você leu o Bultmann? Se leu, nada entendeu.
ResponderExcluirAproveite o espaço e apresente a sua contestação e nos mostre o que você entendeu que muitos não entenderam;
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